"Como é vão sentar-se e escrever se você não se levantou para viver!
(Henry D. Thoreau)"


quinta-feira, 7 de maio de 2009



Ontem estava me sentindo a pior pessoa do mundo, desalmado, perdido, abandonado, uma tristeza tão profunda que nunca havia antes sentido. Hoje, no entanto, confirmei mais uma vez que não há mal que não tenha fim. Nada de incomum aconteceu, apesar de estar mal, fiz tudo como sempre faço. O interessante é que hoje acordei como uma nova pessoa, foi como se a noite fora uma metamorfose. Acordei com novos olhos, consegui perceber a beleza onde antes jamais havia visto; comecei a entender que há coisas que são feitas para ser aceitas e não entendidas. É simples, é só aceitar. Nada de questionar, tentar mudar ou entender. Aceitar é o possível. Saber perder uma batalha para poder vencer a guerra. É inútil chorar, amanhã tudo muda de novo. 
Talvez tenha sido um milagre, eu acredito em milagres. Hoje sorrio de mim mesmo; como fui tolo ao tentar encontrar uma explicação para tudo, como fui tolo ao confundir jóia com bijuteria, quanto tempo perdido. Às vezes é preciso parar de pensar e começar e sentir... Sentir o vento batendo no rosto, sentir o cantar das aves, observar o movimento das nuvens, enxergar o milagre da vida, sorrir e aceitar as circunstâncias, aceitar os fatos e ser tentar ser feliz a cada momento na medida do possível. 
“ Não adianta correr tanto, o que tiver de ser seu às mãos lhe há de vir”. Cair, levantar e erguer a cabeça, essa é a idéia. Perder tempo com detalhes inúteis é desperdiçar a chance de ver um horizonte maior. Sou míope e os míopes têm a vantagem de enxergar de perto o que as grandes vistas não vêem. Agora, o que preciso é aprender a selecionar o que é importante ver, o que vale a pena observar... 
Quero parar de fazer planos, quero deixar as coisas acontecerem naturalmente, tudo segue uma linha cronológica a qual não temos conhecimento. Lá em cima tem um Deus que tem um plano para cada um de nós e Ele sabe muito bem o que faz; quero poder fazer a minha parte e bem feita. É verdade que eu ainda não sei exatamente qual é a minha parte, mas creio que com o tempo aprenderei. Acho que tenho que seguir meu coração, me importar menos com o que vão pensar, fazer o que me faz sentir bem, ser sempre sempre sempre eu mesmo, não importando o lugar ou a circunstância, jogarei fora todas as minhas máscaras. 
E é isso que farei, voltarei a ser o velho Fernando de sempre, não me importarei com nada além de minha vã consciência, e só assim poderei no futuro olhar para trás de sorrir. Quero levar boas recordações da minha juventude, quero ter muitas historias para poder contar a meus netinhos... 
Vou construindo tijolo a tijolo minha felicidade, minha historia de vida. Afastar-me-ei de tudo e todos que não me fazem bem, para sempre... Sempre! 
Quero levar a esperança em cada sorriso, em cada lágrima... 
Um brinde ao novo recomeço... 

Escrito por Fernando Arataque Filho 
Goiânia, 11 de outubro de 2008. 20h25m

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