"Como é vão sentar-se e escrever se você não se levantou para viver!
(Henry D. Thoreau)"


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Soneto de mim mesmo e dos amores que (tive)













Em meu peito, carrego comigo lembrança
Dos tempos áureos da vida humana
Película de quando ainda era criança
Cenas que misturam fases gregas e romanas

No palco da vida fui moleque, palhaço e aspirante a poeta
Meu enredo criei e dirigi, ao meu modo encenei
Houve monólogo, comédia, tragédia... cada ato ainda me afeta
Sorri, chorei. Cai, mas nunca desisti. Vivi tudo que amei

Personagens maravilhosas tive a sorte de conhecer
Doaram-me mais que companhia e talento
Entregaram-me a melhor parte de mim. Difícil é esquecer

Agora sem plateia sinto nostálgica mansidão
Quando comecei a escrever eu já sabia
O fim de quem ama é sempre a solidão


Fernando Arataque Filho
Escrito em 08/12/2014






Nenhum comentário:

Postar um comentário